Através desse livro conhecemos o Charlie, um garoto de quinze anos que tem um jeito único. Ele é bastante sensível e passou por duas grandes perdas: a morte da sua tia e do seu melhor amigo. A sua forma de desabafar é escrevendo cartas para um "querido amigo" desconhecido, onde ele conta o seu dia-a-dia, experiências e suas descobertas. As cartas acabam sendo destinadas a nós, os leitores, o que nos faz sentir ainda mais dentro do livro. Até mesmo porque, quem nunca desabafou por meio de um texto, uma carta para ninguém especifico?
"Só preciso saber que existe alguém que ouve e entende."
Charlie está entrando no ensino médio e não tem amigos. Ele passa a maior parte apenas observando as pessoas ao seu redor, imaginando como são suas vidas e esquece de participar da sua própria. E o livro começa ai, quando ele tenta começar a tentar participar. E obtém um certo sucesso quando conhece Sam e Patrick e passa a ter amigos ao seu lado dessa vez.
"As vezes as pessoas usam o pensamento para não participar da vida."
Os personagens têm seus lados bons e ruins, qualidades e defeitos. São pessoas normais que tentam viver da melhor forma.
"Acho que somos quem somos por varias razões. E talvez nunca conheçamos a maior parte delas. Mas mesmo que não tenhamos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher aonde iremos a partir daqui. Ainda podemos fazer coisas. E podemos ficar bem com elas."
A depressão de Charlie é colocada no livro e os acontecimentos de sua infância voltam à tona e te fazem pouco a pouco entender o porquê de Charlie ser... Charlie.
O livro é simplesmente lindo. Te faz refletir, não sobre grandes filosofias, mas simples coisas que acontecem com todos nós. Fatos que muitas vezes ficam pressos em nossas mentes porque não temos alguém com quem falar e podem acabar resultando em desfechos não tão felizes. Foi isso que mais gostei no livro, não tanto o enredo, mas a maneira que ele faz você pensar e se identificar com o Charlie em alguns, ou, vários pontos.
"E naquele momento eu seria capaz de jurar que éramos infinitos.”